Apesar dos mapas apresentarem características básicas eles podem variar drasticamente na sua aparência. Pela sua aparência denota-se sua pretensão de uso. Existem mapas especializados para muitos propósitos.
Com a evolução das atividades humanas surgiram muitos tipos de mapas, os quais são construídos para atender propósitos específicos. No entanto, é senso comum que uma das mais importantes funções dos mapas é servir a necessidade de orientação ou mobilidade incluindo a navegação. Foram essas necessidades que fizeram surgir esse modo de representação gráfica - Mapas Topográficos, Cartas de Navegação, Mapas Rodoviários – usados para seleção de características geográficas, para a seleção de rotas de viagens, checagem do curso de viagens;
Mapas de escala grande (na língua portuguesa denominados de cartas) geralmente são usados com o propósito de monitoramento ou tarefas de manejo. Esses mapas por apresentarem muitos detalhes facilitam a tarefa de identificação de elementos particulares e por isso têm objetivo de auxiliar no manejo, observação de mudanças ou proposição de manutenção de determinada situação, por exemplo, no:
- acompanhamento de danos florestais;
- acompanhamento do crescimento florestal;
- acompanhamento do desmatamento;
- mudanças no uso do solo;
- manutenção de estradas;
- manutenção de canais, barragens e diques.
Outros mapas são usados para planejamento físico; inventariam a situação presente (fig. 1.7), definem o processo de desenvolvimento e apresentam as propostas para uma situação futura. Podem ou não apresentar detalhamento, o qual está condicionado ao tamanho da área, objetivos e escala.
Existem mapas que são usados para sumarizar volumosos dados estatísticos, ou então, visualizar o que de outra forma não podem ser visíveis (exemplo, distribuição da temperatura).
Existem mapas com a função de codificação, isto é, mostrar a situação legal da propriedade da terra. Exemplo: mapas cadastrais.
Para objetivos educacionais são produzidos mapas geográficos de parede e mapas em livros e atualmente os mapas em mídia eletrônica como os atlas em CD- Rom. Nesses mapas de escala muito pequena estão esquematizadas as mais importantes feições geográficas – físicas, políticas e sociais com objetivos de fornecer aos alunos uma referência para o entendimento do espaço geográfico nacional e de outros lugares do Planeta ou mesmo do Universo conhecido.
Do ponto de vista do usuário ou do cartógrafo não é importante discutir a categoria dos mapas separadamente, pois, para mapas temáticos diferentes podem ocorrer desenhos idênticos, semelhantes representação ou ainda os mesmos problemas de interpretação.
A confusão no Brasil, com as palavras MAPA, CARTA e PLANTA tem origem no uso popular de documentos cartográficos, ou seja, as pessoas que usavam mapas foram cristalizando idéias que acabaram por criarem a situação atual. Atualmente esses termos estão ligados a ESCALA de representação, gerando os seguintes conceitos:
MAPA: representação dos aspectos físicos naturais ou artificiais, ou aspectos abstratos da superfície terrestre, numa folha de papel ou monitor de vídeo, que se destina para fins culturais ou ilustrativos. Geralmente é concebido em escalas pequenas.
CARTA: representação dos aspectos físicos naturais ou artificiais da Terra, destinada para fins práticos da atividade humana, permitindo a avaliação precisa de distâncias, direções e localização geográfica de pontos, áreas e detalhes. Geralmente é concebida em escalas médias a pequenas.
PLANTA: representação concebida em escala muito grande (1: 500 a 1: 2000), onde a curvatura da terra é desconsiderada porque representa pequenas áreas da superfície terrestre. A projeção é ortogonal, portanto a escala é preservada em qualquer ponto ou direção, o que não acontece com os mapas e cartas, que terão variações conforme a projeção cartográfica escolhida para representar a superfície curva da Terra.
CLASSIFICAÇÃO DOS MAPAS OU CARTAS SEGUNDO A ESCALA
- Escala pequena – 1:500 000 ou menores.
- Escala média – 1:250 000 até 1:25 000.
- Escala grande – 1:10 000 a 1:1 000.
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