Página Inicial - Laboratório de Cartografia Tátil e Escolar
 
 

 

 

 

  Universidade Federal de Santa Catarina  
     
  Centro de Filosofia e Ciências Humanas  
 
Quem somos
Laboratório
Projetos
Produção Acadêmica
Contato
Contato
Aprenda Cartografia
Projetos
Aulas
Artigos  

Os dados que descrevem um fenômeno de um determinado espaço geográfico (seja um país, estado, município, bacia hidrográfica ou outro lugar qualquer) podem ser mostrados com o uso de uma variedade de signos gráficos. As características gráficas dos traços relacionados aos atributos dos dados conduzem à idéia de signos, os quais são designados de símbolos.
Os símbolos dotados de significado geográfico, quando arranjados num plano, formam o que se chama de Mapa.
Todos os símbolos usados para representar dados da superfície consistem de vários signos constituídos de linhas, pontos, áreas, cores, tons, e padrões. Por isto, a LEGENDA é necessária em um mapa; ela revela o significado dos signos, trazendo a idéia do que ele representa. A idealização destes signos para construir um mapa, sua seleção e arranjo afetam fortemente a visualização e a comunicação do mesmo.
Pontos, linha e área são primitivas gráficas que na Cartografia dão origem à gramática cartográfica desta forma:
Ponto 4 é a mais fundamental das primitivas; convencionalmente marca a posição;
Linha 4 exibe a direção e a posição; pode ser pensada como uma sucessão de pontos;
Área 4 exibe extensão, direção e posição; pode ser pensada como fila de pontos em duas dimensões.

Tudo que existe no mundo real da superfície emersa pode ser representado em dois caminhos distintos: no da Cartografia de Base ou Uso Geral (Mapas Topográficos ou Cadastrais, Rodoviários, Turísticos, etc) ou então pela Cartografia Especializada (em Mapas Temáticos). Independente do caminho a ser escolhido para representar os dados do mundo real, o produto desta representação, o mapa, fornece ao seu usuário uma determinada concepção do espaço geográfico. As convenções cartográficas são responsáveis pela descrição do mundo real e conseqüentemente pelo entendimento do mapa. Muitas convenções, especialmente aquelas dos Mapas Topográficos foram idealizadas ainda no século XVIII, originando a grande coleção de símbolos que foram mundialmente mais ou menos padronizados e que ainda são usados, tais como:

  • Água – azul;
  • Vegetação – verde e
  • Estradas – linhas pretas ou vermelhas.
 

Os Mapas Temáticos não trazem uma herança de convenções fixas em suas origens porque sempre há uma mudança de tema e aspectos da realidade a serem visualizados. Para representar os diversos temas é preciso recorrer ao conjunto de pontos, linhas e áreas, e arranjá-los de forma a aumentar a eficiência no fornecimento da informação. Para tanto, são utilizadas as características inatas de variações gráficas, como a cor, a forma, o tamanho e a textura, implantados como pontos, linhas e áreas.

Veja exemplos dessas aplicações nos mapas a seguir.

Figuria Representando Pontos
Figura Representando Linhas
Mapa Representando Uso e Ocupação do Solo
Mapa de Natalidade
Mapa Hipsométrico

Apesar dos mapas apresentarem características básicas eles podem variar drasticamente na sua aparência. Pela sua aparência denota-se sua pretensão de uso. Existem mapas especializados para muitos propósitos.

Com a evolução das atividades humanas surgiram muitos tipos de mapas, os quais são construídos para atender propósitos específicos. No entanto, é senso comum que uma das mais importantes funções dos mapas é servir a necessidade de orientação ou mobilidade incluindo a navegação. Foram essas necessidades que fizeram surgir esse modo de representação gráfica - Mapas Topográficos, Cartas de Navegação, Mapas Rodoviários – usados para seleção de características geográficas, para a seleção de rotas de viagens, checagem do curso de viagens;

Mapas de escala grande (na língua portuguesa denominados de cartas) geralmente são usados com o propósito de monitoramento ou tarefas de manejo. Esses mapas por apresentarem muitos detalhes facilitam a tarefa de identificação de elementos particulares e por isso têm objetivo de auxiliar no manejo, observação de mudanças ou proposição de manutenção de determinada situação, por exemplo, no:

  1. acompanhamento de danos florestais;
  2. acompanhamento do crescimento florestal;
  3. acompanhamento do desmatamento;
  4. mudanças no uso do solo;
  5. manutenção de estradas;
  6. manutenção de canais, barragens e diques.

Outros mapas são usados para planejamento físico; inventariam a situação presente (fig. 1.7), definem  o processo de desenvolvimento e apresentam as propostas para uma situação futura. Podem ou não apresentar detalhamento, o qual está condicionado ao tamanho da área, objetivos e escala.

Existem mapas que são usados para sumarizar volumosos dados estatísticos, ou então, visualizar o que de outra forma não podem ser visíveis (exemplo, distribuição da temperatura).

Existem mapas com a função de codificação, isto é, mostrar a situação legal da propriedade da terra. Exemplo: mapas cadastrais.

Para objetivos educacionais são produzidos mapas geográficos de parede e mapas em livros e atualmente os mapas em mídia eletrônica como os atlas em CD- Rom. Nesses mapas de escala muito pequena estão esquematizadas as mais importantes feições geográficas – físicas, políticas e sociais com objetivos de fornecer aos alunos uma referência para o entendimento do espaço geográfico nacional e de outros lugares do Planeta ou mesmo do Universo conhecido.

Do ponto de vista do usuário ou do cartógrafo não é importante discutir a categoria dos mapas separadamente, pois, para mapas temáticos diferentes podem ocorrer desenhos idênticos, semelhantes representação ou ainda os mesmos problemas de interpretação.

A confusão no Brasil, com as palavras MAPA, CARTA e PLANTA tem origem no uso popular  de documentos cartográficos, ou seja, as pessoas que usavam mapas foram cristalizando idéias que acabaram por criarem a situação atual. Atualmente esses termos estão ligados a ESCALA de representação, gerando os seguintes  conceitos:

MAPA: representação dos aspectos físicos naturais ou artificiais, ou aspectos abstratos da superfície terrestre, numa folha de papel ou monitor de vídeo, que se destina para fins culturais ou ilustrativos. Geralmente é concebido em escalas pequenas.

CARTA: representação dos aspectos físicos naturais ou artificiais da Terra, destinada para fins práticos da atividade humana, permitindo a avaliação precisa de distâncias, direções e localização geográfica de pontos, áreas e detalhes. Geralmente é concebida em escalas médias a pequenas.

PLANTA: representação concebida em escala muito grande (1: 500 a 1: 2000), onde a curvatura da terra é desconsiderada porque representa pequenas áreas da superfície terrestre. A projeção é ortogonal, portanto a escala é preservada em qualquer ponto ou direção, o que não acontece com os mapas e cartas, que terão variações conforme a projeção cartográfica escolhida para representar a superfície curva da Terra.

CLASSIFICAÇÃO DOS MAPAS OU CARTAS SEGUNDO A ESCALA

  1. Escala pequena – 1:500 000 ou menores.
  2. Escala média –  1:250 000 até 1:25 000.
  3.  Escala grande – 1:10 000 a 1:1 000.

 

 

 

Como se faz um Mapa Tátil

Conheça os
materiais utilizados
na construção de
Mapas Táteis.
Saiba mais.

Facebook

Valid XHTML 1.0 Transitional

Valid CSS!

CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
Copyright © 2010 LABTATE . Todos os direitos reservados.
Finep - Financiadora de Estudos e Projetos